sábado, 24 de maio de 2008

ok ok

Como eu disse para minha amiga, estou pagando pelos meus pecados. Logo eu, logo eu que condenei veementemente todos aqueles que estavam com conjuntivite. Excluí pessoas do meu ciclo social, sai do meio da aula de Química porque o James (professor) estava com o olho inchado, e deixei todo mundo com nojo da Taís porque ela tinha tido conjuntivite. Eu acordei de madrugada com o olho naquele estado metamorfose. O desespero bateu mesmo foi quando eu me dei conta de que eu iria perder aula de História do Hermano. Eu pre-ci-so melhorar. Conjuntivite é a doença mais medieval da atualidade. Ah, vamos lá, por causa do seu olho vermelho sua vida para. POR NO MÍNIMO 5 DIAS. E você sabe que não está inválida. Eu duvido que o Bush passe 5 dias sem sair se ele pegar conjuntivite. Deve haver um jeito. Mas enquanto eu não for presidente dos EUA, vou continuar no soro.

:/

domingo, 11 de maio de 2008

Trovões

[Minha vida não anda muito engraçada ultimamente. Não, não que esteja triste, só não está engraçada.
Ainda não decidi o que fazer no vestibular, e, acredite se quiser, em uma semana me passou pela cabeça: Computação, Farmácia e Estilismo. Não, não é como se eu estive indecisa, é? ]
Ultimamente eu tenho lembrado de coisas que pareciam estar meio perdidas pela minha cabeça. Uma completa bagunça, admito. Lembrei-me de pessoas. De amigos, de um em especial, e o que me incomodou não foi a saudade, foi na verdade a ausência desta. Lembrei-me de épocas, e percebi, mais do que nunca, como as coisas mudaram, não posso dizer que não gosto do rumo que elas tomaram, mas também não posso dizer que não sinto uma certa insatisfação ao perceber que a gente não tem o mínimo controle sobre nossa própria vida, por mais que os mais ousados insistam em afirmar o contrário. Mas o que mais tem pesado aqui, a ausência mais expressiva, não se resume de forma tão simples. É incrível como eu luto inutilmente para manter em mim lembraças que escoam de forma inevitável por dentre meus dedos. Eu me apego aos restos, é essa a verdade. Me apego à imagem falha de um último sorriso, do cheiro distante dos caramelos. O incessante estalar de dedos, as cortinas abertas bem cedo aos domingos, a campainha tocando às 7. Me apego às horas deitadas no chão assistindo o mesmo filme pela milésima vez. E me desespero ao perceber que aos poucos eu vou esquecendo do som daquela voz, me dá uma vontade infantil de tapar os ouvidos e guardar para sempre o restinho dela. Me desespero ao esquecer um traço daquele rosto, e corro para o álbum de fotografias mais próximo, suspirando de alívio e decorando cada linha novamente. Estampo um sorriso amarelo sempre que ouço tocarem no assunto, será sempre assim. Me sinto como uma louca, olhando para o mar, este já não tem o mesmo significado, não sem aquela mão atada a minha por de baixo de ondas. "Obladi, oblada, life goes on". É ruim saber que nunca mais eu irei acordar com essas palavras cantaroladas. Às vezes quando fecho os olhos me vem à mente a imagem dos meus passos lentos pelo corredor, buscando ouvir os seus. Tolice. E me vem à mente todos aqueles olhares, e aquelas palavras. Palavras pesadas de mais para uma criança de 7 anos. Não, não vou chorar pelos cantos, eu assisto à isso atônitamente. Pois ele não partiu de forma brusca, não de mim. E é isto que dói mais. Foi isto que segurou minhas lágrimas. Por cima de tudo, por cima de tudo o que me restou, me pesa aquele "tchau". Me pesa o silêncio que o seguiu, pesa mais que tudo nesse mundo. Eu virei as costas. E é desta maneira que as vagas memórias se vão, me virando as costas. E de repente uma palavra escapa dos lábios. Sem nexo, sem um perfeito significado, mas nunca sem valor. Pai.

terça-feira, 6 de maio de 2008

ps:

eu registro aqui o meu ódio.
Só tem pão nessa casa! QUERO DORITOS.
ódio (fútil e inútil) registrado.

77º blog em um mês

[Eu tenho a capacidade inacreditável de criar 3 blogs por segundo, e de esquecer 4 senhas por minuto. Muito 'bonito pra minha cara', sair por ai espalhando blasfemias e segredos pelo mundinho virtual, e esquecer. Eu não queria esse blog, queria outro que tinha o endereço mais legal, nada de estrangeirismos e tal... maaaas, CADÊ ELE? Anh? Anh? Anh? Perdido pela internet, abandonado por ai. Tsc tsc. ]
Eu nunca tive sorte. E entenda isso como um nunca mesmo. Eu quero dizer que eu era aquele tipo de criança que não tinha sapato para ir ao colégio porque o pé era muito pequeno, e não havia sapato que não caisse depois de amarrado. Eu sempre fui aquele tipo de pessoa que se tem uma dinamite passando de mão em mão, você poderia apostar sua casa que seria na minha o papoco. Do tipo que pisa em poça de lama, chega atrasada e é a primeira a ser barrada. Desde pequenas bobagens do cotidiano até sérios problemas, o azar sempre esteve comigo. E eu não sou de reclamar, se é para ser, que seja. Então eu me acostumei, e passei a fazer do meu estranho talento, algo cômico. Divertido, durante um bom tempo. Não há nada como rir da própria desgraça. Ou talvez haja, fazer os outros rirem da sua desgraça, isso é gratificante também. Mas tem épocas que cansa. Que, depois de 7 dias acordando com o pé esquerdo, você simplesmente cansa. Mas então vem a parte chata. Com quem gritar? Quem culpar? São bobagens, não é como se você estivesse falida, ou orfã. São pequenos acasos, má-sorte. Não é culpa do porteiro se você fica trancada do lado de fora. Não é culpa do professor se você derruba as mesas. Então você não pode sair pelas ruas gritando para as nuvens, esbravajando e levantando o punho. Você simplesmente aceita.
Eu não estou reclamando, eu até passei a gostar disso.
Mas, afinal, por que? Será a posição de Júpiter na hora em que nasci? Ou algum gene recessivo marcou meu DNA como ser patético? Ou passei em baixo de várias escadas? Encosto? Mau olhado? Sempre o pé direito o primeiro a tocar o chão?
Bom, não importa. É, isso mesmo. Porque nestes dias eu andei pisando mais firme. E eu sei porque. Meu DNA continua o mesmo. Não tomei nenhum banho de sal grosso. Não levanto da cama pulando no pé direito. Não voltei por de baixo de escadas. Não fui atrás de orientação espírita.
E, ao que me parece, Júpiter não mudou sua rota. Mas você mudou a minha.
:)